Um estudo recente divulgado pelo InfoAmazônia revelou que mais de 90% das terras indígenas na Amazônia Legal estão enfrentando uma seca severa, um aumento alarmante em relação ao ano anterior.

A situação coloca em risco não apenas as comunidades indígenas, mas também a biodiversidade e os recursos hídricos da região.

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Agravamento da Crise Hídrica na Amazônia

De acordo com o levantamento, as condições climáticas extremas têm se intensificado.

Levando a um aumento no número de embarcações e flutuantes encalhados em rios que antes eram navegáveis.

A redução dos níveis de água não só afeta a mobilidade das comunidades indígenas, como também compromete o acesso a alimentos e a água potável, agravando a vulnerabilidade desses povos.

A seca nas terras indígenas da Amazônia Legal não é apenas uma questão ambiental, mas também social.

As comunidades dependem diretamente dos rios para sua subsistência, e a escassez de água tem efeitos devastadores em suas atividades diárias, incluindo a pesca, a agricultura e a coleta de frutos e plantas medicinais.

A diminuição dos recursos hídricos também coloca em risco a fauna e a flora, impactando o equilíbrio ecológico da região.

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Necessidade Urgente de Ações Climáticas, como o Projeto Mejuruá

O agravamento da seca na Amazônia destaca a necessidade urgente de ações climáticas eficazes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na região.

Iniciativas como o Projeto Mejuruá, coordenado por Gaetano Buglisi, são exemplos cruciais de como o desenvolvimento sustentável pode ajudar a proteger as terras indígenas e combater as consequências do aquecimento global na Amazônia.

O projeto comercializa créditos de carbono realizando o manejo sustentável de uma reserva na Amazônia.

A importância de projetos como esse será ainda mais evidente na próxima COP29, onde o Brasil defenderá novas metas de financiamento climático e a regulamentação do mercado de carbono.

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Por Ana Carolina Ávila