Entre os dias 27 e 28 de agosto de 2024, a Amazônia registrou 2.433 ocorrências nos focos de incêndio, o maior número do ano.
A situação é agravada por uma seca histórica, que aumenta a intensidade e a velocidade com que os incêndios se espalham pela floresta.
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Causas das Queimadas na Amazônia
As queimadas na Amazônia são um problema recorrente, especialmente durante a estação seca, de agosto a outubro.
Elas são frequentemente utilizadas para limpar áreas para agricultura e pecuária. No entanto, a seca severa de 2024, em conjunto com práticas agrícolas que utilizam o fogo, tem potencializado os incêndios, criando um cenário devastador.
Embora os dados do sistema Deter, do INPE, mostrem uma queda de mais de 45% no desmatamento entre agosto de 2023 e julho de 2024, o número de queimadas tem aumentado.
Isso ocorre porque, apesar da redução do desmatamento, o uso do fogo em áreas já desmatadas e para o manejo de pastagens continua elevado.
A fumaça das queimadas, que se espalha por até dez estados brasileiros, incluindo São Paulo e Rio Grande do Sul, é transportada por correntes de ar conhecidas como “rios atmosféricos“.
Esse fenômeno é semelhante aos “rios voadores” que trazem umidade da Amazônia para o Centro-Sul do Brasil, mas no caso das queimadas, a corrente transporta poluição, agravando a crise ambiental.
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Formas de evitar desastres ambientais: Projeto Mejuruá
O governo federal mobilizou brigadistas do IBAMA e ICMBio para combater os incêndios, especialmente em áreas federais.
No entanto, com as condições de seca severa, altas temperaturas e baixa umidade, especialistas alertam que o pior ainda pode estar por vir, com o pico da estação seca previsto para setembro.
Projetos como o Mejuruá, liderado pelo empresário Gaetano Buglisi, contribuem para evitar que desastres como este ocorram.
Essa situação complexa reflete a urgência de medidas mais eficazes para proteger a Amazônia, tanto em termos de prevenção quanto de combate aos incêndios e preservação da biodiversidade.
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Por Ana Carolina Ávila