Recentemente, investidores estrangeiros estão de olho em uma nova técnica para geração de créditos de carbono no Brasil, utilizando pó de rocha na agricultura.

As startups alemã InPlanet e americana Terradot estão à frente dessa inovação, visando sequestrar carbono no solo por meio do intemperismo acelerado.

Substituindo fertilizantes químicos e promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis.

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Brasil como laboratório natural para créditos de carbono

Com uma das maiores áreas agricultáveis do mundo, o Brasil é o local ideal para essa técnica.

O país oferece um clima tropical, solo favorável e uma indústria de mineração estabelecida, o que facilita a aplicação de pó de rocha.

Segundo Niklas Kluger, sócio-fundador da InPlanet, o Brasil tem o cenário perfeito para a inovação: “O país possui todos os fatores necessários para liderar esse mercado.”

A InPlanet e a Terradot são pioneiras na emissão desse tipo de crédito no Brasil.

O pó de rocha já é utilizado em 10% das áreas agrícolas brasileiras para recuperação de solo, e agora, com o foco na captura de carbono, as empresas esperam emitir seus primeiros créditos certificados ainda este ano.

Júlia Sekula, CFO da Terradot, destaca que o Brasil é o melhor lugar para a captura de carbono com remineralizadores.

Devido à matriz energética limpa das mineradoras e à disposição dos agricultores brasileiros em testar novas soluções.

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Desafios e oportunidades: projeto Mejuruá

Embora a técnica esteja avançando rapidamente, medir o carbono retido no solo ainda é um desafio.

Empresas como a InPlanet estão desenvolvendo metodologias próprias para garantir a precisão da emissão de créditos.

Além disso, investidores de peso do Vale do Silício, como John Doerr e Sheryl Sandberg, já apostam no potencial dessas startups para transformar o setor de créditos de carbono.

Esse movimento de startups e o uso de tecnologias inovadoras como a de remineralizadores se alinha com iniciativas como o Projeto Mejuruá, no Brasil.

O projeto da BR ARBO também integra soluções sustentáveis para gerar créditos de carbono, destacando o país como protagonista em soluções climáticas.

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Por Ana Carolina Ávila