Regras divulgadas pela SEC estimula procura por créditos de carbono nos EUA

A comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), emitiu recentemente regras finais que obrigam as empresas a divulgar informações relacionadas com o clima, o que inclui a utilização de créditos de carbono.

Essas regras de divulgação climática da SEC dos EUA estão gerando um renovado interesse em créditos de carbono.

Esse movimento significativo no mercado está ocorrendo em meio às expectativas de maior transparência, o que leva várias empresas de capital privado procurarem o mercado de créditos de carbono de ótima qualidade.

As regras emitidas são menos abrangentes, mas elas ainda representam um marco importante ao exigir que muitas das maiores empresas divulguem suas emissões e uso de créditos de carbono.

A precificação de carbono pode contribuir para que as empresas intensifiquem os seus esforços no sentido da descarbonização nas suas cadeias de valor e a compensar as emissões residuais através da compra de créditos de carbono.

Essas iniciativas impactaram várias empresas grandes nos EUA, como Stafford Capital Partners, Bain Capital e Kimmeridge Energy Management. No entanto, a definição de “materialidade” nas regras permanece ambígua, o que pode influenciar a forma como as empresas divulgam seus créditos de carbono.

Dúvidas em relação aos créditos de carbono

O mercado de créditos de carbono é frequentemente associado as greenwhasing ou como uma ação que não ajuda de forma eficiente reduzir emissões. Contudo, uma pesquisa da Forest Trends sugere que as empresas que compram créditos de carbono reduzem suas emissões mais rapidamente do que seus pares.

Embora, ainda é preciso criar regularizações que tornem os créditos de carbonos mais confiáveis para os compradores, é inegável seu papel na mitigação de emissões de gases efeito estufa.

Espera-se um aumento significante na demanda por créditos de carbono nos EUA. Ao mesmo tempo que outras jurisdições estão adotando ou propondo regras de divulgação climática semelhantes, indicando a preocupação da transparência em relação as divulgações climáticas.

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Por Ana Carolina Ávila