Entre junho e agosto de 2024, segundo dados do Observatório do Clima, a Amazônia registrou queimadas que resultaram na emissão de 31 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) para a atmosfera.
Esse número é equivalente às emissões mensais de todo o Reino Unido e representa uma crescente preocupação com o impacto dessas queimadas nas mudanças climáticas.
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Impacto climático das queimadas e secas severas
As queimadas não apenas liberam CO2, mas também outros gases prejudiciais como metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), contribuindo para o efeito estufa.
Além disso, grandes áreas da floresta amazônica, como na região de Lábrea, no Amazonas, foram severamente afetadas.
A fumaça das queimadas também tem encoberto rios, como o Madeira, em Rondônia, que está nos níveis mais baixos da história.
Especialistas apontam que quase 100% das queimadas na Amazônia têm origem humana, impulsionadas pela expansão agrícola e pecuária. O climatologista Carlos Nobre alerta que, se o desmatamento alcançar entre 20% e 25%, a Amazônia pode ultrapassar um ponto de não retorno até 2050, comprometendo sua capacidade de absorver carbono.
Soluções sustentáveis na Amazônia: o exemplo do Projeto Mejuruá
Uma das formas de mitigar esses impactos está em iniciativas de reflorestamento e restauração ambiental.
O Projeto Mejuruá, por exemplo, se destaca como um modelo de conservação sustentável na Amazônia.
A iniciativa da BR ARBO, foca na recuperação de áreas degradadas e no apoio às comunidades locais, o projeto busca reduzir a pressão sobre o desmatamento.
Enquanto promove o sequestro de carbono e gera créditos de carbono, alinhando-se a metas globais de redução de emissões.
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Por Ana Carolina Ávila