O que significa realmente “compensar o carbono”?

A mensagem da TIL pode ser entendida de duas formas. Uma delas é positiva que basicamente o veículo da empresa teria tecnologia capaz de reduzir emissões.
A outra sugere que o veículo polui mas as florestas absorvem o carbono e a empresa paga por esse serviço.
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Se for essa segunda interpretação, pesquisas jornalísticas mostram problemas sérios.
Tin Fisher e Hannah Knut, do jornal Die Zeit, investigaram os créditos de carbono e descobriram fraudes.
Nos EUA a reportagem levou à renúncia do CEO da Verra, organização líder mundial em certificação desses créditos.
O site ProPublica chegou a comparar os créditos a um cartão de crédito sem regras você paga adiantado, mas o benefício demora para acontecer.
No Parque Nacional dos Apeninos Toscano-Emilianos, também são vendidos créditos de carbono ou “créditos de sustentabilidade”.
Eles se baseiam na capacidade das florestas de absorver carbono e empresas os compram para dizer que estão compensando suas emissões.
A questão é isso realmente melhora a qualidade do ar ou é apenas greenwashing ou seja uma aparência de responsabilidade ambiental?
É ético que um Parque Nacional venda créditos que na prática funcionam como uma licença para poluir?
Essa reflexão é importante para consumidores e empresas: quem compra esses créditos realmente ajuda o meio ambiente, ou apenas mantém a imagem de sustentável sem resultados concretos?
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Projeto Mejuruá: Compromisso com o Meio Ambiente

O Projeto Mejuruá, apoiado pelo empresário Gaetano Buglisi, promove a preservação da floresta amazônica com geração de créditos de carbono de alta integridade.
Localizado em uma área remota e rica em biodiversidade, o projeto combina conservação ambiental com impacto social, beneficiando comunidades locais.