Esse ano, foram compartilhadas informações sobre como surge o hidrogênio natural. Essas informações são derivadas de pesquisas em andamento realizadas pela empresa multinacional francesa de energia Engie na bacia do rio São Francisco, no nordeste do Brasil, que estuda o mineral Olivina.

O mineral olivina, objeto de estudo, ajuda a produzir hidrogênio natural.

A partir dele, um método de remoção de carbono pelos oceanos está em teste nos Estados Unidos e visa aumentar a absorção de CO2 pela água do mar.

A olivina é um silicato composto de magnésio e ferro. É um mineral comum encontrado no subsolo da Terra e faz parte do manto superior.  

Sua cor varia de amarelo a amarelo-esverdeado e se decompõe rapidamente na superfície. Por meio de processos físico-químicos naturais, isso leva à produção de outros elementos.

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A Engie mostra um esquema simples da origem do hidrogênio natural, que começa com a olivina.

Em um vídeo no site da empresa, “O sistema de hidrogênio: geração, migração, acumulação e emissões da superfície”, de 30 segundos, também está disponível para visualização. Ele mostra como os microrganismos podem consumir hidrogênio naturalmente produzido ao reagir com outros químicos e migrar para a superfície através dos chamados “círculos de fadas”.

Por fim, a olivina marca um novo ponto no processo de extração de hidrogênio natural como gás natural. Essa descoberta pode abrir muitas oportunidades para aqueles que desejam usar esse recurso.

A olivina (Mg, Fe)2SiO4 se dissolve também em água, aumentando a absorção de CO2, elevando o pH e resultando na alcalinidade.

Como resultado, este processo tem o potencial de contrabalançar a acidificação dos oceanos, pois o CO2 atmosférico é dissolvido na água do mar com mais frequência.

Para remover o dióxido de carbono da atmosfera e mantê-lo no oceano por um longo período, a remoção de carbono marinho (mCDR) é uma técnica ou processo oceânico.

A adição de ferro ou outros nutrientes às águas oceânicas e a adição de materiais alcalinos ao oceano para aumentar a quantidade de carbono armazenado nas águas oceânicas são exemplos de técnicas de mCDR.

Há poucos dias, a Vesta tornou-se o primeiro projeto mCDR dos EUA a ter uma licença oficial do Departamento de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e a aprovação do Exército dos EUA para um projeto de captura de carbono costeiro. O projeto inclui a distribuição de 9.000 toneladas de olivina na costa da Carolina do Norte.

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Internacionalmente, as organizações estão financiando pesquisas para determinar se os métodos de remoção de carbono baseados na olivina são realmente viáveis.

Remoção de carbono pode salvar oceanos

A remoção de carbono é uma estratégia vital para mitigar as mudanças climáticas e alcançar as metas globais de redução de gases de efeito estufa (GEE).

O projeto Mejuruá da BR ARBO, liderado por Gaetano Buglisi, na Amazônia, é um exemplo de como a remoção de carbono pode ser implementada de forma eficaz.

Este projeto foca na preservação e recuperação de florestas tropicais, que são sumidouros de carbono altamente eficientes.

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Por Ana Carolina Ávila