O mercado voluntário de carbono está passando por uma transformação importante.

Antes marcado por transações pontuais de compensações, agora ganha força com projetos de longo prazo, foco em qualidade e maior padronização.

Das compensações pioneiras ao impacto em escala: como os mercados de carbono estão evoluindo

Empresas de diferentes setores estão integrando estratégias climáticas as suas decisões de negócio, deixando claro que os créditos de carbono são parte central na jornada rumo à neutralidade climática.

Segundo Sheri Hickok, CEO da Climate Impact Partners, a mudança é visível tanto na forma de compra quanto na seleção de projetos.

As companhias estão priorizando iniciativas de alta integridade, firmando parcerias de longo prazo para garantir segurança de preço e fornecimento além de escolher projetos que reflitam seus valores institucionais.

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Isso representa um amadurecimento do mercado e fortalece sua credibilidade global.

Exemplos recentes mostram essa evolução. A Microsoft firmou acordo de 30 anos com um projeto de reflorestamento na Índia, garantindo 1,5 milhão de toneladas de créditos de remoção de carbono.

Já a Deloitte apoia projetos de carbono azul com impacto em biodiversidade marinha.

Esses modelos indicam que os créditos de carbono estão deixando de ser apenas instrumentos financeiros para se tornarem ativos estratégicos de impacto ambiental.

A evolução também vem acompanhada de mais regulação e padronização. Iniciativas como o ICVCM e o avanço de regras ligadas ao Artigo 6 do Acordo de Paris estão criando um mercado mais confiável.

Essa convergência entre os mercados voluntário e de conformidade abre espaço para escala global e maior confiança por parte de empresas e investidores.

O futuro aponta para três pilares: regulamentação, padronização e demanda crescente.

As empresas já não veem os créditos de carbono apenas como compensação, mas como forma de gerar valor comercial, reduzir riscos e reforçar suas marcas.

Esse amadurecimento mostra que o mercado caminha para se consolidar como parte essencial da economia verde global.

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Projeto Mejuruá

Amazônia, Brasil

Projeto Mejuruá é um projeto financiado pelo empresário Gaetano Buglisi.

A geração de créditos de carbono é usada como ferramenta para proteger a floresta amazônica fazendo com que o carbono permaneça estocado nas árvores e convertido em créditos vendidos no mercado voluntário.

Essa iniciativa mostra como a preservação da floresta pode se transformar em benefício real para o clima.