Indonésia realiza preparativos para lançar seu mercado de créditos de carbono nacional em janeiro de 2025, visando posição de destaque no cenário global.

O plano foi anunciado na COP29, sediada em Baku. Nele, o governo prometei alavancar US$ 65 bilhões através da venda de créditos de carbono até 2028 para projetos de reflorestamento e conservação.

Grandes instituições privadas, majoritariamente dos setores de óleo de palma e madeira, representam maior parte da demanda do mercado, usando suas vastas propriedades de terras para investir em créditos de carbono.

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Contudo, apesar de auxiliar na conservação, há críticas em relação às verdadeiras motivações dessas empresas, já que muitas apresentam histórico de danos ambientais e violações dos direitos indígenas.

Assim, teme-se que o comércio de carbono se tornou um mercado puramente econômico, sem foco em emissões ou preocupação climática.

Somado a isso, a incerteza regulatória e a falta de certificação de créditos de carbono criam desafios para a credibilidade do setor.

Grupos sociais como a AMAN e o Greenpeace, destacam a urgência da criação de normas eficazes padronizadas para que o mercado de carbono não seja usado para “lavagem verde”, permitindo que empresas continuem a poluir enquanto compram créditos para parecerem responsáveis.

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Em suma, para que o mercado de carbono da Indonésia seja eficaz, será necessário garantir transparência e implementação rigorosa de regulamentos que assegurem benefícios ambientais.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental. 

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi