Recentemente, a Justiça de Rondônia condenou os frigoríficos Distriboi e Irmãos Gonçalves, junto com seus associados, por danos ambientais na Reserva Extrativista (Resex) Jaci-Paraná, na Amazônia.
A juíza Inês Moreira da Costa determinou a retirada imediata do gado criado ilegalmente. A demolição de todas as edificações erguidas na área e o pagamento de R$ 4,2 milhões em indenizações.
A decisão também exige que os responsáveis implementem um plano de restauração da área degradada.
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Devastação da Resex Jaci-Paraná durante o governo Bolsonaro
A Resex Jaci-Paraná, localizada em Rondônia, tornou-se a unidade de conservação mais desmatada da Amazônia.
Com cerca de 80% de sua área devastada, principalmente durante o governo de Jair Bolsonaro.
Mais de 200 mil cabeças de gado foram criadas ilegalmente na área, alimentando frigoríficos da região que se beneficiaram diretamente dessa atividade ilícita.
Os frigoríficos condenados têm forte influência política no estado.
O grupo Irmãos Gonçalves é uma potência econômica, com membros da família ocupando cargos no governo estadual.
A decisão judicial, no entanto, foi vista como um passo significativo na responsabilização de empresas que lucram com a destruição ambiental na Amazônia.
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Recuperação ambiental por meio do Projeto Mejuruá
A devastação da Resex Jaci-Paraná ressalta a importância de iniciativas de recuperação ambiental como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO.
Este projeto de reflorestamento na Amazônia busca restaurar áreas degradadas e promove o desenvolvimento sustentável por meio do mercado de créditos de carbono.
Oferecendo uma solução viável para a preservação dos biomas amazônicos e contribuindo para a redução do impacto ambiental causado pela pecuária e outras atividades ilegais.
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Por Ana Carolina Ávila