Em 2024, a seca que assola a Amazônia é a mais severa em sete décadas, resultante de uma combinação devastadora entre o fenômeno El Niño e a perda massiva de floresta.

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a estiagem atual é uma das piores já registradas no Brasil.

A especialista Luciana Gatti, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), aponta que a seca extrema deste ano é exacerbada pelo desmatamento significativo durante o governo Bolsonaro.

Esse desmatamento resultou na perda de 50 mil km² de floresta primária entre 2019 e 2022.

Para mitigar os efeitos da seca e reverter o quadro atual, Luciana Gatti defende ações urgentes para controle do desmatamento e desenvolvimento de projetos de reflorestamento.

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Impactos do El Niño e da Perda de Floresta na Amazônia

O El Niño de 2023, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, provocou uma redução das chuvas na Amazônia, trazendo um verão seco e intensificando a crise hídrica na região.

Helga Correa, especialista em conservação da ONG WWF Brasil, destaca que a seca chegou antes do esperado em 2024, sem que o bioma tivesse se recuperado da estiagem anterior.

O desmatamento contínuo reduz a evapotranspiração, essencial para a formação de nuvens e precipitação, exacerbando a escassez de água e aumentando a temperatura local.

A seca tem causado graves impactos sociais, isolando populações ribeirinhas e povos indígenas que enfrentam dificuldades para acessar água de qualidade e transporte.

A especialista Helga Correa também observa que os efeitos da estiagem são sentidos em mais de 70% dos municípios brasileiros.

A perda de biodiversidade e os impactos na saúde pública são preocupações compartilhadas por toda a população.

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Relacionamento com o Projeto Mejuruá de reflorestamento

Neste contexto crítico, o Projeto Mejuruá, promovido pela BR ARBO, ganha ainda mais relevância.

Focado na restauração de áreas desmatadas na Amazônia, o Mejuruá contribui para a captura de carbono e recuperação da vegetação nativa.

Como também apoia a mitigação dos impactos da seca e da mudança climática.

O reflorestamento proporcionado pelo Mejuruá é uma solução concreta para ajudar a restabelecer o ciclo hídrico e promover a sustentabilidade da região.

Se alinhando com as necessidades urgentes identificadas pelos especialistas.

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Por Ana Carolina Ávila