Segundo o Greenpeace, para atingir seus objetivos climáticos, Hong Kong deve buscar preencher três lacunas em seus financiamentos verdes. A primeira é estabelecer metas de volume, restringir o financiamento de combustíveis fosseis e promulgar uma lei contra o branqueamento verde
Um relatório conjunto do ativista ambiental e do grupo de ação climática CarbonCare InnoLab destacou que, apesar de ser reconhecida como o principal centro financeiro verde na Ásia e de ter sido responsável por mais de um terço das emissões de títulos verdes e sustentáveis na região.
A cidade precisa intensificar seus esforços para combater a prática de “lavagem verde” ou “greenwhasing”.
O relatório ressalta que essa prática contribui para que empresas não sigam normas ambientais e desencoraja a sociedade de levar a sustentabilidade a sério.
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Lavagem verde pode ser entendida como forma de disfarçar a posição não sustentável de uma empresa em relação ao meio ambiente, ou seja, minimizar a ideia de impacto ambiental enquanto medidas não são realmente adotadas.
Ele mencionou políticas adotadas em algumas regiões asiáticas como exemplos a serem seguidos por Hong Kong, citando a meta estabelecida por Xangai há um ano, que visa atingir 1,5 trilhão de yuans (equivalente a US$ 208 bilhões) em transações verdes abrangendo.
Além disso, destacou que a província de Guangdong planeja quadruplicar a escala de emissão de obrigações verdes no próximo ano, em comparação com os níveis de 2020.
Em 2020, o governo de Hong Kong estabeleceu uma meta de alcançar a neutralidade de carbono até 2050. No próximo ano, foi lançado um plano detalhado contendo o passo a passo para alcançar esse objetivo.
No plano de ação estava descrito que Hong Kong diminuiriam as emissões em 50% até 2035, com um orçamento de HK$ 240 mil milhões.
Em resposta à questão sobre a necessidade de estabelecer planos e metas para financiamento verde, uma representante do Departamento de Serviços Financeiros e do Tesouro (FSTB) afirmou que o governo possui uma estratégia abrangente para promover o financiamento verde e sustentável em Hong Kong.
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Embora exista uma Portaria de Descrições Comerciais em Hong Kong que poderia ser utilizada para processos judiciais ou ações regulatórias relacionadas a casos de lavagem verde, até o momento, não foram realizados processos judiciais de alto perfil ou ações regulatórias nesse sentido.
Um grupo diretor interagências co-liderado pela Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (SFC) e pela Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA), está atualmente desenvolvendo um plano de ação para a adoção de normas internacionais de relatórios e garantia de sustentabilidade na região.
O grupo também inclui o Departamento de Serviços Financeiros e do Tesouro (FSTB) e a operadora de bolsas Hong Kong Exchanges and Clearing, além de outros departamentos governamentais e reguladores.
Finanças verdes no Brasil
No Brasil, as finanças verdes estão crescendo cada vez mais. Os investidores identificaram a necessidade de transicionar para uma economia mais responsável.
Dessa forma, projetos de créditos de carbono estão sendo desenvolvidos.
Permitindo que o os agentes econômicos se economicamente, ao mesmo tempo em que preservam a natureza.
Por Ana Carolina Ávila