No dia 11 de julho, a Câmara dos Deputados aprovou as emendas do Senado ao projeto do marco regulatório para a produção de hidrogênio de baixo carbono no Brasil.

Aguardando agora a sanção presidencial.

Fernanda Delgado, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), destaca que este marco é crucial para a construção da indústria do hidrogênio verde.

Oferecendo segurança aos investidores com regras claras e incentivos fiscais e creditícios garantidos por lei.

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Impacto do hidrogênio verde na economia

O hidrogênio verde, produzido por eletrólise usando energia renovável, é visto como o combustível do futuro por não emitir gases de efeito estufa.

O Brasil, com 90% de sua matriz energética renovável, está bem posicionado para se tornar um líder global na produção desse combustível.

A expectativa é de que essa nova indústria possa gerar um impacto de R$ 7 trilhões no PIB brasileiro até 2050 e criar pelo menos 200 mil empregos.

Delgado menciona que o hidrogênio verde pode ser integrado a diversos processos produtivos, reduzindo a pegada de carbono de produtos como aço e fertilizantes.

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Indústria no Brasil

A indústria brasileira atualmente consome 500 mil toneladas de hidrogênio cinza, derivado de combustíveis fósseis, que pode ser substituído pelo hidrogênio verde.

A ABIHV, criada por empresas com investimentos sólidos em hidrogênio verde, teve um papel significativo na elaboração do marco regulatório.

Delgado também enfatiza a importância de ver o hidrogênio verde apenas como parte de uma estratégia de neoindustrialização com alto valor agregado, contribuindo para a economia verde do século 21.

Outro ponto de destaque é o potencial de desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva no Brasil, o que pode gerar superávits significativos nos próximos anos.

Estudos da ABIHV estimam que até 2030, o superávit pode alcançar R$ 70 bilhões com os primeiros investimentos, chegando a R$ 700 bilhões até 2050.

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BR ARBO contribui para economia verde

Uma prática fundamental para alcançar a chamada economia verde é a comercialização de créditos de carbono.

Os créditos são comprados por poluidores e são uma forma de aumentar o fluxo de capital para projetos sustentáveis.

Um desses projetos é o projeto Mejuruá, o qual preserva uma reserva na Amazônia com os fundos obtidos pela comercialização desses créditos.

O projeto da BR ARBO é fundamental para a geração de empregos na região e a conservação do bioma.

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Por Ana Carolina Ávila