Uma pesquisa divulgada em abril apontou o projeto de crédito de carbono na Austrália, considerado um exemplo mundial, uma catástrofe.

O deserto de Outback contava com um projeto de crédito de carbono que pretendia regenerar florestas nativas, mas os pesquisadores descobriram que as florestas estavam diminuindo.

Apesar de não conseguir armazenar a quantidade de carbono que acreditava, a Austrália arrecadou muitos créditos de carbono, que apareceram no artigo como forma de compensar indústrias poluentes.

A Austrália reservou 42 milhões de hectares para o projeto de crédito de carbono, um dos maiores projetos de compensação de emissões.

Segundo as autoridades as reservas teriam acumulado desde 2023 mais de 27 milhões de toneladas de carbono. Contudo, de acordo com os cientistas esse número pode não ser real.

Cada crédito de carbono representa uma tonelada de carbono sequestrado pela floresta. Esses créditos podem ser comprados por empresas altamente poluentes.

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O Regulador de Energia Limpa da Austrália revela que foram feitas uma serie de análises para confirmar a integridade do programa – utilizando imagens de satélite para mapear a floresta.

Também, que somente emitem crédito de carbono quando podem provar que ocorreu regeneração de florestas nativas. Segundo o Banco Mundial as emissões da Austrália ultrapassam os EUA, sendo de 15,3 toneladas de dióxido de carbono.

Vale lembrar que a Austrália trava uma vulnerabilidade climática nos últimos anos, com incêndios e desastres naturais.

Para poder mudar essa realidade é necessário que projetos de crédito de carbono consigam capturar carbono. A pesquisa foi publicada pela revista Nature, consideradas de alta relevância de artigos científicos.

Projetos de carbono transparentes e reais 

Apesar da polemica acerca dos créditos de carbono na Australia, os créditos de carbono ainda são uma opção viável para mitigar as alterações climáticas.

Nesse sentindo, a BR ARBO, presente no mercado de carbono, acredita que é necessário que os projetos sejam transparentes e de qualidade..

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Por Ana Carolina Ávila