Em 24 de maio, o Congresso “derrotou políticamente” Marina Silva, enfraquecendo seu ministério, transferindo parte de sua autoridade para outras pastas. O Ministério do Meio Ambiente, liderado por Marina Silva, se opôs a perfuração de petróleo na foz do rio Amazonas.

O primeiro grande problema ambiental que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou é a disputa sobre o Petróleo na Foz do Amazonas.

O projeto foi vetado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devido a inconsistências técnicas.

No entanto, a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia, receberam aval do presidente para repassar ao Conselho Nacional de Política Energética

Fazendo pressão para que a decisão seja revisada.

Lula também aprovou uma medida provisória que relaxa as regras de preservação da Mata Atlântica e acelera o processo de demarcação de terras indígenas.

Experts, como a urbanista Suely Araújo e a advogada Suely Araújo, dizem que, embora o veto a um bloco tenha causado muita polêmica, isso não deve abalar muito Lula e Marina.

Eles enfatizam que, nos últimos vinte anos, a situação mundial evoluiu, com ênfase crescente em energias limpas e desenvolvimento sustentável.

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Contudo, durante os governos anteriores de Lula, Marina passou por problemas semelhantes, levando a sua saída em 2008 devido a divergências com outros setores do governo.

Mas agora ela é uma voz importante no debate sobre energia limpa.

O bloco FZA-M-59 na foz do Amazonas, onde a Petrobras pretende explorar petróleo, é o foco das disputas atuais.

O Ibama rejeitou a licença ambiental devido aos perigos de acidentes e ao impacto em ecossistemas delicados como manguezais e corais.

A Petrobras declarou que considerará a decisão tomada.

O senador Randolfe Rodrigues criticou e deixou o partido de Marina como protesto.

Em sua visita ao Japão, Lula minimizou os efeitos possíveis da exploração na Amazônia, dizendo que ela só acontecerá se for segura. Além disso, ele defendeu o direito dos habitantes da Amazônia ao trabalho e ao sustento.

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Após uma reunião com vários órgãos do governo, a ministra Marina Silva enfatizou que a decisão do Ibama foi de natureza técnica. Os outros participantes não fizeram declarações públicas.

A reconstrução das políticas ambientais do governo Lula é um desafio, de acordo com especialistas, tendo sido prejudicada pelo governo anterior e por crises emergentes, como a dos Yanomami.

O discurso ambiental do governo deve ser mais consistente com as ações, principalmente em relação à exploração de combustíveis fósseis.

O Brasil tem o potencial de liderar a descarbonização global e deve se concentrar nas energias renováveis.

Por outro lado, a exploração de petróleo teria o potencial de descumprir as promessas ambientais de Lula e tornar mais difícil a transição para uma economia sustentável.

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A Amazônia é um bem essencial para a vida

A disputa sobre a perfuração de petróleo na foz do Amazonas é um grande teste para as políticas ambientais implementadas pelo governo Lula.

Embora haja pressões internas e externas, espera-se que o governo consiga equilibrar o desenvolvimento econômico com sustentabilidade, mantendo seu compromisso com a proteção ambiental e as mudanças climáticas.

Caso isso não ocorra, projetos como o Mejuruá poderão ser prejudicados.

Impedindo eles de continuarem a trabalhar em prol da conservação do ecossistema que faz a manutenção do nosso clima.

Por Ana Carolina Ávila