No dia 12 de setembro, a Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados se reuniu para discutir a criação de duas novas áreas de proteção ambiental (APAs) federais na Amazônica: as APAs do Paleocanal do Rio Tocantins e do Bico do Papagaio.

As propostas para a criação dessas APAs já foram protocoladas no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e estão em fase de análise.

As áreas de conservação propostas abrangem os estados do Pará, Maranhão e Tocantins, uma vasta região de transição ecológica entre os biomas Amazônia e Cerrado.

Conhecida como ecótono, que possui características ecológicas únicas e está sob ameaça crescente.

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Importância ambiental e social de unidades de conservação

De acordo com o deputado Airton Faleiro, a criação dessas APAs é vital para proteger a rica biodiversidade da região e a pluralidade social presente.

A região abriga diversas espécies de fauna e flora, algumas ameaçadas de extinção.

Além de comunidades tradicionais que dependem diretamente dos recursos naturais para sua subsistência.

O parlamentar destacou que a criação dessas áreas também promoverá a conectividade ecológica entre diferentes regiões protegidas, ampliando a proteção dos recursos naturais.

“A criação dessas áreas de conservação permitirá a preservação dos territórios tradicionais e dos recursos necessários para o uso sustentável pelas populações locais, garantindo que as particularidades de cada território sejam respeitadas”, enfatizou Faleiro.

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Desenvolvimento sustentável por meio do Projeto Mejuruá

A criação das APAs vai ao encontro de uma tendência global de alinhar desenvolvimento econômico e proteção ambiental.

A conservação de áreas naturais, além de proteger a biodiversidade, oferece oportunidades para o desenvolvimento de iniciativas econômicas sustentáveis.

Como a geração de créditos de carbono, que já estão sendo exploradas em outros projetos, como o Projeto Mejuruá, no Amazonas.

Este projeto, da BR ARBO, tem se destacado por restaurar áreas desmatadas e gerar créditos de carbono.

Mostrando como a restauração ambiental pode ser uma ferramenta estratégica para promover a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconômico em áreas vulneráveis.

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Por Ana Carolina Ávila