Na medida que o mundo se prepara para a COP30 em Belém, cresce a expectativa sobre avanços no mercado de carbono regulado pela ONU.

30ª Conferência das Partes (COP) sobre Mudança Climática da ONU

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Com a chance real de ultrapassar o limite de 1,5°C, a pressão por cortes imediatos de emissões aumenta.

Especialistas reforçam que colocar um preço no carbono é fundamental para acelerar a transição climática e orientar economias inteiras rumo ao baixo carbono.

Nos últimos anos, países negociaram a implementação do Artigo 6.4 do Acordo de Paris, que dará origem ao Paris Agreement Crediting Mechanism.

As decisões tomadas na COP30 vão definir como os créditos de carbono serão criados, verificados e comercializados entre países.

Abrindo espaço para novas oportunidades de financiamento climático, principalmente em economias emergentes.

Para as instituições financeiras, o novo mercado traz riscos e vantagens.

A falta de padronização, a baixa transparência e falhas de monitoramento ainda dificultam investimentos seguros.

Por isso, iniciativas internacionais vêm criando métodos mais claros, governança sólida e salvaguardas socioambientais para garantir créditos de alta integridade.

Essa evolução é essencial para atrair investidores e aumentar a confiança no sistema.

Ao mesmo tempo, surge um campo amplo de oportunidades.

Com a harmonização de dados e regras, bancos, seguradoras e gestoras poderão atuar como compradores de créditos para suas metas interna.

Como financiadores de projetos ou até como garantidores de riscos para desenvolvedores de remoção de carbono.

O avanço do PACM também promete impulsionar investimentos em soluções de descarbonização e diminuir riscos climáticos em carteiras de clientes e empresas.

Com a maturação dos mercados de carbono, a tendência é que governos implementem regras mais rígidas, ampliem a proteção de ecossistemas e incentivem soluções duradouras de remoção.

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