O calendário do desmatamento 2024, que cobre o período de agosto de 2023 a julho de 2024, demonstrou preocupações acerca do desmatamento na Amazônia.

Foi identificado que na Amazônia houve uma redução significativa de 46% na área desmatada em relação ao período anterior, o mês de julho registrou um preocupante aumento de 29% na destruição florestal.

Este é o segundo mês consecutivo com crescimento na devastação, elevando a preocupação entre especialistas e ambientalistas.

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Desafios Persistentes no Amazonas e Outras Regiões

O estado do Amazonas se destacou como o novo epicentro do desmatamento, com 28% das derrubadas registradas em julho de 2024.

Pará e Acre também contribuíram significativamente, concentrando, juntamente com o Amazonas, 77% da remoção florestal total no mês. Municípios como Feijó, Portel e Apuí lideraram o ranking dos mais desmatados, com áreas que variaram de 13 a 47 km².

Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon, alertou sobre a tendência de aumento na devastação durante os meses mais secos do ano, que historicamente são marcados por altos índices de desmatamento e degradação florestal.

Além do desmatamento, a degradação florestal, caracterizada pela retirada parcial da vegetação, também registrou um aumento preocupante de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mato Grosso, Pará e Acre foram os estados mais afetados, com atividades de extração madeireira e queimadas sendo as principais causas. A degradação florestal em julho de 2024 alcançou 175 km², uma área equivalente a 564 campos de futebol de floresta perdidos por dia.

As unidades de conservação (UCs) não ficaram imunes ao aumento da destruição. O desmatamento dentro dessas áreas cresceu 14% em julho, com a Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, sendo a mais impactada.

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Impacto da BR ARBO na Amazônia

A Imazon recomenda medidas urgentes de conservação e estudo da Amazônia, alinhando-se a iniciativas como o projeto Mejuruá da BR ARBO

A iniciativa da BR ARBO busca preservar a floresta através de práticas sustentáveis e geração de créditos de carbono.

Esse projeto reflete um esforço para proteger a biodiversidade e enfrentar as mudanças climáticas, promovendo o desenvolvimento sustentável na região.

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Por Ana Carolina Ávila