Recentemente, o Brasil e Alemanha expressaram preocupações sobre o novo regulamento anti-desmatamento da União Europeia (EUDR), que impõe restrições à importação de produtos associados ao desmatamento.
Em carta enviada à Comissão Europeia, o governo brasileiro destacou que o regulamento pode gerar barreiras comerciais para setores exportadores importantes, como soja, carne bovina e madeira.
Segundo o Brasil, a medida unilateral compromete a confiança nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), acordadas no Acordo de Paris, que visam mitigar as mudanças climáticas.
Saiba mais: Preços de Carbono Atingem Recorde de US$ 104 Bi em 2023
Alemanha Pede Suspensão da Lei anti-desmatamento
O chanceler alemão Olaf Scholz também pediu a suspensão da implementação do EUDR, citando o impacto negativo da medida no setor de papel e pasta de madeira.
A Alemanha teme que o aumento da burocracia e dos custos afete significativamente a indústria local e a competitividade no mercado europeu.
Esse posicionamento reflete a preocupação de outros setores industriais que enfrentam desafios logísticos e econômicos.
O regulamento europeu visa combater o desmatamento global e surge em meio a outras iniciativas como o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM), intensificando a pressão sobre empresas e países fornecedores.
A medida reflete uma tendência de maior rigor nas políticas climáticas da UE, o que vem gerando debates sobre sua viabilidade e impactos econômicos a curto e longo prazo.
Saiba mais: Petrobras está Alinhada com Governo sobre a Amazônia
Projeto Mejuruá como Exemplo de Solução Sustentável
Essas discussões sobre regulamentação ambiental europeia estão conectadas a projetos de descarbonização e preservação ambiental no Brasil, como o Projeto Mejuruá.
Desenvolvido pela BR ARBO, o projeto foca na restauração florestal da Amazônia e na criação de créditos de carbono.
O Mejuruá serve como um exemplo de iniciativa que harmoniza as demandas globais por sustentabilidade com as necessidades locais de conservação.
Se posicionando e como uma alternativa estratégica para o mercado de carbono em crescimento.
Por Ana Carolina Ávila