O Banco Central Europeu publicou sua terceira divulgação financeira relacionada ao clima, reforçando seu compromisso com a sustentabilidade ambiental.

Banco Central Europeu (BCE) inclina-se para o verde: redução de 38% nas emissões da carteira e adiciona risco natural às divulgações climáticas

O destaque do relatório foi a redução de 38% na intensidade de carbono da carteira de títulos corporativos, resultado da chamada estratégia de inclinação, que favorece emissores com melhores práticas ambientais.

A medida se alinha aos compromissos da União Europeia e do Acordo de Paris, refletindo uma integração mais profunda dos riscos climáticos e da biodiversidade nas decisões monetárias e financeiras.

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Além do avanço na descarbonização, o BCE incluiu pela primeira vez uma métrica de risco natural, que avalia a dependência dos investimentos em relação aos ecossistemas e os impactos potenciais sobre a natureza.

O estudo apontou que cerca de 30% dos títulos detidos pelo Eurosistema estão em setores de alto risco, como serviços públicos, alimentos e imobiliário, todos fortemente ligados ao uso intensivo de recursos naturais.

Essa nova abordagem reforça o papel da natureza como componente crítico na avaliação de riscos financeiros sistêmicos.

Em relação às metas futuras, o BCE pretende manter uma redução anual de 7% nas emissões de suas carteiras de ativos sob os programas APP e PEPP.

A meta para 2025 é alcançar 32%, acompanhada de investimentos em ETFs alinhados ao Acordo de Paris e de medidas adicionais no fundo de pensão dos funcionários, que já reduziu sua pegada de carbono em 20%.

Por outro lado, o BCE viu um aumento preocupante de 50,8% em suas emissões operacionais em 2023, impulsionado pelo crescimento das emissões de Escopo 3, como viagens de trabalho e eventos presenciais.

A instituição estabeleceu metas internas para conter esse aumento, como manter as emissões de viagens abaixo de 60% dos níveis de 2019.

O banco também identificou falhas na qualidade dos dados climáticos relatados pelas empresas, o que dificulta análises precisas, especialmente no caso de emissões indiretas e de setores com dados escassos, como títulos cobertos.

O BCE ampliará seu foco para abranger riscos físicos, como eventos climáticos extremos, e os impactos econômicos da transição verde.

A divulgação climática anual, agora obrigatória para todos os bancos centrais do Eurosistema, se torna um instrumento essencial para aumentar a transparência, melhorar o gerenciamento de risco e guiar a política monetária rumo a uma economia mais resiliente.

Apesar dos desafios, o BCE diz e acredita que o futuro da política financeira será verde.

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