Grandes corporações europeias estão intensificando suas ações contra a crise climática.

Gigantes corporativos europeus, STOXX 50, comprometem-se a compensar mais de 80 milhões de toneladas de CO₂ até 2030

Um estudo da plataforma goodcarbon, com sede em Berlim, revelou que 29 das 50 empresas que compõem o índice EURO STOXX 50 planejam compensar coletivamente mais de 81 milhões de toneladas de CO₂ até 2030 por meio da compra de créditos de carbono.

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Entre os destaques estão Siemens, Airbus, Unilever, Allianz e Schneider Electric companhias que adotam metas robustas de neutralidade de carbono.

Essas empresas estão combinando a redução direta de emissões com o uso dos mercados voluntários de carbono (VCMs). A estratégia inclui o investimento em projetos de reflorestamento, agricultura regenerativa e conservação de ecossistemas.

No entanto, a maioria ainda atua no chamado mercado spot adquirindo créditos apenas quando necessário o que limita o impacto potencial das ações climáticas.

A goodcarbon propõe uma alternativa: compromissos financeiros antecipados e vinculativos com projetos específicos.

Essa abordagem permite que os desenvolvedores tenham acesso imediato a recursos, acelerando os benefícios ambientais e sociais, além de proteger as empresas contra a alta esperada nos preços dos créditos de carbono nos próximos anos.

Estima-se que as empresas do STOXX 50 tenham cerca de 1 bilhão em recursos não mobilizados, que poderiam gerar impacto imediato se comprometidos agora.

Fundada em 2021, a goodcarbon atua conectando empresas a projetos confiáveis de compensação com base na natureza.

A Goodcarbon Originais incluem iniciativas de reflorestamento, agrofloresta e restauração de turfeiras. Os projetos são escolhidos com base em três critérios: eficácia climática, biodiversidade e benefício direto às comunidades locais.

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Apesar da queda no volume de negociações dos créditos em 2024, os mercados voluntários de carbono continuam sólidos. A demanda por créditos de alta qualidade se mantém forte e tende a crescer a previsão é que o mercado salte de US$ 2 bilhões em 2022 para mais de US$ 50 bilhões até 2030.

Nesse cenário, os compromissos do setor corporativo europeu representam uma liderança estratégica e uma oportunidade real de transformar capital parado em ação climática concreta e escalável

Projeto Mejuruá: Créditos de Carbono

O Projeto Mejuruá é uma iniciativa estratégica para a preservação ambiental e o desenvolvimento do mercado de carbono no Brasil. Atuando na conservação de florestas e no apoio às comunidades locais, o projeto gera créditos de carbono certificados, que podem ser comercializados para compensar emissões de gases de efeito estufa