Em sua análise recente, a empresa BeZero Carbon apontou que mais de 200 milhões de créditos de carbono podem ser escolhidos para o Esquema de Compensação e Redução de Carbono para Aviação Internacional (CORSIA), mas a qualidade desses créditos varia de modo alarmante.

O relatório da BeZero Carbon projeta que, entre os anos de 2024 e 2026, o mercado de créditos de carbono adquiridos pelo setor de aviação sob o CORSIA pode superar US$ 2 bilhões, quase três vezes o valor transacionado no mercado voluntário de carbono (VCM) em 2023.

O setor aéreo global apresenta 2,5% de participação em emissões de carbono, correndo risco aumentar com o crescimento das viagens e dependência aos combustíveis fósseis.

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Com isso, a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), para reduzir este impacto, exige que as companhias aéreas reduzam ou compensem suas emissões por meio do CORSIA.

Assim, as companhias aéreas precisam adquirir cerca de 100 milhões de créditos de carbono para atender aos padrões do sistema.

Contudo, o estudo da BeZero apontou que é necessário monitoramento e avaliações rígidas para avaliar a qualidade dos créditos que as companhias estão adquirindo, correndo risco de não cumprir as exigências.

Sendo assim, para garantir a credibilidade e minimizar os riscos, avaliações independentes e classificações de carbono de empresas terceirizadas são essenciais.

A empresa BeZero recebeu um financiamento recente de US$ 32 milhões para expandir suas classificações, enfatizando que o mercado CORSIA é uma ferramenta crucial para promover impactos ambientais positivos.

Porém, é necessário um monitoramento eficaz para garantir que as metas de descarbonização sejam atingidas.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental. 

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi