Nos próximos anos, o Brasil pode se tornar líder global na produção de aço verde, um dos pilares da transição para uma economia de baixo carbono.
De acordo com um relatório da Global Energy Monitor (GEM), o país possui uma vantagem significativa devido à sua abundância em fontes de energia renovável. Como solar e eólica, além de reservas de minério de ferro de alta qualidade.
No entanto, um grande desafio persiste: a dependência da indústria siderúrgica brasileira pelo carvão.

Atualmente, 75% do setor siderúrgico ainda utiliza carvão, o que pode dificultar a transição para práticas mais sustentáveis.
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Hidrogênio de baixo carbono: solução a siderurgia
O relatório destaca que, se a produção continuar dependente do carvão, as emissões de gases de efeito estufa do setor poderão aumentar em até 33% até 2050.
Uma das soluções propostas é o uso do hidrogênio de baixo carbono, que poderia substituir o carvão na produção de aço, aproveitando as fontes renováveis já presentes no Brasil.
Esse avanço tecnológico permitiria ao país competir globalmente no mercado de aço verde. Principalmente à medida que cresce a demanda por produtos sustentáveis nas cadeias produtivas internacionais.
O governo brasileiro, sob a liderança de Lula, já tem priorizado investimentos em energias renováveis, com grande destaque para o hidrogênio verde.
Contudo, para alcançar o pleno potencial do aço verde, será necessário ampliar esses investimentos e acelerar a transição tecnológica na indústria siderúrgica.
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Conexão de energias renováveis com o Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá, que atua no reflorestamento e na geração de créditos de carbono, pode ter um papel crucial nesse cenário.
Iniciativas como a da BR ARBO, promovem a captura de carbono e a restauração florestal, complementam a transição para o aço verde ao oferecer soluções para compensação de emissões.
Contribuindo para tornar o Brasil um protagonista na corrida por uma economia sustentável e de baixo carbono.
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Por Ana Carolina Ávila