Recentemente, a GenZero, uma empresa de investimentos de baixo carbono apoiada pelo estado de Singapura, anunciou uma nova colaboração com Ruanda para desenvolver projetos de geração de créditos de carbono.

Esses créditos serão usados para compensar emissões de gases de efeito estufa, à medida que Singapura busca atingir suas metas climáticas.

Apesar de países como Austrália e Reino Unido descartarem o uso de compensações em seus planos de neutralidade de carbono.

Singapura depende dessas estratégias devido à sua limitada capacidade de construir projetos de energia renovável em grande escala.

A parceria com Ruanda, formalizada junto ao Fundo Verde de Ruanda e à certificadora de carbono Gold Standard, busca garantir a integridade ambiental dos projetos.

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Créditos de carbono: soluções baseadas na natureza e na tecnologia

Segundo Frederick Teo, CEO da GenZero, os projetos em Ruanda podem incluir soluções baseadas na natureza, como restauração de ecossistemas. E soluções tecnológicas, como o gerenciamento aprimorado de resíduos.

A expectativa é de que esses projetos atendam aos critérios do Artigo 6, que permite que países invistam em iniciativas de baixo carbono no exterior para atingir suas metas climáticas.

Singapura já firmou acordos com Laos, Filipinas, Gana e Papua-Nova Guiné, e está em negociações com Butão, Paraguai e Vietnã.

A compra de créditos de carbono por empresas de Singapura poderá compensar até 5% de suas emissões tributáveis.

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Contribuição da BR ARBO para o mercado de créditos de carbono

Esse tipo de iniciativa internacional ecoa os objetivos do Projeto Mejuruá, da BR ARBO.

No Brasil, a iniciativa Mejuruá foca na restauração de áreas degradadas na Amazônia e na geração de créditos de carbono.

O projeto serve de exemplo para as oportunidades globais de compensação de emissões por meio da recuperação ambiental.

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Por Ana Carolina Ávila