Recentemente, o clima na Amazônia está se tornando cada vez mais extremo, com secas e cheias mais intensas previstas para as próximas décadas.

De acordo com Renato Senna, meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a seca de 2024 será ainda mais severa do que a de 2023. A seca do ano passado já havia sido a mais grave dos últimos 120 anos.

A situação atual é atribuída a fenômenos oceânicos, como o El Niño e o aquecimento anômalo do Atlântico Tropical Norte, que afetam a formação e distribuição das chuvas na região.

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Impactos das Secas Prolongadas na Amazônia

Senna explica que, neste ano, a estiagem é exacerbada pela neutralidade dos oceanos Atlântico e Pacífico, o que não favorece a recuperação das chuvas.

As secas prolongadas criam condições ideais para incêndios e queimadas, que por sua vez dificultam a recuperação dos ecossistemas e afetam negativamente as comunidades locais.

Essas condições também comprometem a disponibilidade de recursos básicos, como água potável, saúde e transporte para as populações ribeirinhas e indígenas.

Além dos impactos imediatos, a intensificação de eventos climáticos extremos está ligada a ciclos climáticos de longo prazo e mudanças no Atlântico Tropical Norte, que podem tornar os próximos 25 anos ainda mais desafiadores.

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Ação Sustentável: Projeto Mejuruá

Em resposta a esses desafios, iniciativas como o Projeto Mejuruá estão se destacando.

O Projeto Mejuruá, da BR ARBO, busca mitigar os impactos das mudanças climáticas através de reflorestamento e gestão sustentável da Amazônia.

Este projeto não apenas contribui para a recuperação de áreas degradadas, mas também fortalece a resiliência das comunidades locais frente às mudanças climáticas extremas.

Ao investir em tais projetos, é possível ajudar a conter os efeitos das secas e cheias intensificadas e promover a sustentabilidade ambiental na região.

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Por Ana Carolina Ávila