Recentemente, a Amazônia enfrenta uma das piores secas de sua história, com os níveis dos rios atingindo recordes de baixas cotas antes do período mais crítico de estiagem, previsto para setembro.

De acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o Rio Solimões está 3 metros abaixo da média histórica para agosto.

A situação é igualmente grave em seus afluentes, como os rios Madeira e Acre, que também registram níveis próximos aos mínimos históricos.

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Impactos da Seca na Amazônia

O analista Flávio Altieri, do Censipam, destaca que, apesar da baixa precipitação, ainda é incerto se a seca de 2024 será a mais intensa já registrada.

No entanto, as condições hidrológicas atuais já apontam para uma situação de seca extrema, o penúltimo estágio de severidade na escala de medição.

Esse cenário traz graves consequências para as comunidades tradicionais da região, que dependem dos rios para transporte, acesso a serviços essenciais e subsistência. A falta de água e alimentos, além de restrições severas, já são uma realidade para essas populações.

Em resposta à crise, uma reunião realizada em Brasília, no Palácio do Planalto, com a presença de ministros e governadores da Amazônia Legal, discutiu estratégias para mitigar os efeitos da estiagem.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) anunciou a liberação de R$ 11,7 milhões para ações de defesa civil nos estados mais afetados, como Amazonas e Roraima.

Além disso, foi reconhecida a situação de emergência em 53 municípios distribuídos entre os estados do Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia, evidenciando a gravidade da situação.

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Relação da Amazônia com o Projeto Mejuruá

O projeto Mejuruá, liderado pela BR ARBO, ganha relevância nesse contexto, pois , busca mitigar os efeitos das mudanças climáticas e fortalecer a resiliência das comunidades afetadas por eventos extremos como a seca.

O projeto contribui diretamente para a recuperação dos ecossistemas florestais e a geração de créditos de carbono.

Promovendo soluções sustentáveis que ajudam a amenizar os impactos da crise hídrica na região.

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Por Ana Carolina Ávila