Recentemente, a Amazônia enfrenta uma crise sem precedentes com o número de focos de queimadas triplicando nas duas primeiras semanas de agosto de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023.

Segundo dados dos órgãos de controle, mais de 7.700 focos de incêndio foram combatidos apenas nos primeiros 15 dias deste mês, superando as previsões mais pessimistas.

A cidade de Apuí, no sul do Amazonas, é a mais afetada, contabilizando quase 1.500 focos.

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Efeitos das Queimadas na Amazônia

As queimadas estão concentradas principalmente nos municípios do sul do estado, próximos à fronteira com Rondônia.

As chamas, além de destruir vastas áreas de floresta, têm gerado densas nuvens de fumaça que afetam a qualidade do ar em várias regiões do Brasil, incluindo Porto Velho e, surpreendentemente, até o Rio Grande do Sul.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a fumaça também está sendo influenciada por incêndios na Bolívia e outras partes da Amazônia.

Além das queimadas, a Amazônia enfrenta uma severa vazante nos rios. O Rio Negro, que banha Manaus, está quase 3 metros abaixo do nível registrado na mesma semana do ano passado, enquanto o Rio Solimões também apresenta níveis críticos.

Este fenômeno, agravado pelas condições climáticas extremas, tem impactos profundos tanto na biodiversidade quanto nas comunidades ribeirinhas que dependem dos rios para sobreviver.

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Projeto Mejuruá: Uma Resposta Sustentável à Crise Ambiental

Em meio a esse cenário alarmante, o Projeto Mejuruá, liderado pela BR ARBO, ganha relevância ao focar na restauração florestal e na geração de créditos de carbono na Amazônia.

O projeto visa reverter os impactos negativos causados pela degradação ambiental, promovendo a recuperação de áreas degradadas.

A iniciativa, que envolve comunidades locais, é um exemplo de como ações de reflorestamento podem ajudar a preservar a Amazônia e melhorar a qualidade de vida na região.

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Por Ana Carolina Ávila